Apesar dos esforços realizados nos últimos anos, a América Latina continua a necessitar de uma maior paridade de género, especialmente em termos de acesso, utilização e apropriação das tecnologias da informação e das telecomunicações (TIC). Nas condições actuais, a América Latina conseguiria reduzir a sua diferença de género em 67 anos, segundo o Fórum Económico Mundial. Além disso, entre 2021 e 2022, apenas seis dos 22 países estudados conseguiram melhorar em pelo menos um ponto percentual sua pontuação.
https://www.weforum.org/reports/global-gender-gap-report-2022/digest
Atribuímos grande valor à promoção do acesso à tecnologia e à educação em áreas relacionadas com as TIC para mulheres e raparigas, bem como à igualdade de género no local de trabalho, e, para reduzir a disparidade digital entre homens e mulheres e melhorar a inserção laboral das mulheres no domínio das TIC, é necessário abordar as causas subjacentes a esta desigualdade. Na maioria dos países da região, a percentagem de licenciados em carreiras relacionadas com as ciências, a tecnologia, a engenharia e as matemáticas (STEM) não ultrapassa os 40%, enquanto as matrículas no ensino superior na área das TIC mal chegam aos 18%, de acordo com dados partilhados pela Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (Cepal). É necessário promover o acesso das mulheres e raparigas à tecnologia e à educação em áreas relacionadas com as TIC, bem como promover a igualdade de género no local de trabalho.
https://www.cepal.org/es/comunicados/instan-cerrar-la-brecha-digital-genero-lograr-la-autonomia-mujeres-la-igualdad
Em termos de acesso às tecnologias, estima-se que 4 em cada 10 mulheres na América Latina e nas Caraíbas não estão ligadas ou não podem pagar uma ligação efectiva. O menor rendimento das mulheres é um dos factores mais relevantes para explicar o fosso digital. A diferença salarial entre homens e mulheres pode dever-se a diferenças salariais dentro das organizações, mas também ao facto de as mulheres acederem a empregos a tempo parcial, de menor valor ou menos remunerados. No terceiro trimestre de 2022, a taxa regional de participação das mulheres no mercado de trabalho era de 51,8%, 23 pontos percentuais abaixo da dos homens (74,5%), de acordo com o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/documents/publication/wcms_867497.pdf
Para agir e causar impacto na questão, a Globalsat foi o primeiro grupo de telecomunicações da América do Sul a se comprometer com os Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas, com o objetivo de criar uma economia mais justa e igualitária. Como parte desse compromisso, a Globalsat mantém a paridade salarial entre homens e mulheres. A empresa também se destaca por ter 50% do seu conselho de administração composto por mulheres. A título de referência, a entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género, UN Women, estimou em 2022 que apenas um em cada três gestores ou supervisores em todo o mundo é mulher.
Como parte das nossas iniciativas para acrescentar competências digitais e paridade de género, a Globalsat desenvolveu um projeto de empoderamento feminino em tecnologias básicas que consistiu na implementação de uma série de vídeos de formação sobre conhecimentos básicos relacionados com redes, IoT (Internet of Things) e telefonia. A iniciativa - sugerida pelos próprios colaboradores da empresa e firmemente apoiada pela administração - foi um enorme sucesso e ajudou muitos funcionários que nunca tinham tido contacto com estas tecnologias a aceder a esses conhecimentos, a realizar avaliações e a resolver todas as suas preocupações com especialistas em várias áreas.
Além disso, desde 2021, a Globalsat desenvolve uma Política de Inclusão com o objetivo de promover um ambiente de trabalho livre de discriminação, com equipes plurais e garantia de igualdade de oportunidades.
Esse esforço permitiu que, em 2022, a empresa recebesse pelo quinto ano consecutivo a distinção Great Place to Work no Brasil e, pela primeira vez, ficasse em 12º lugar entre as melhores empresas para se trabalhar em todo o Brasil.
